As constantes mudanças na legislação tributária e a variedade de regimes especiais ampliam ainda mais a complexidade da gestão de tributos brasileira, ao exigir esforço por parte das companhias em garantir a conformidade. A burocracia associada à declaração de impostos, os procedimentos demorados e as divergências interpretativas entre diferentes jurisdições agravam ainda mais essa dificuldade.

De acordo com o relatório Global Tax Technology and Transformation Survey, conduzido pela EY, cerca de 84% das organizações têm planos de alocar US$ 2 milhões ou mais em tecnologias fiscais, com uma média prevista de US$ 3,6 milhões nos próximos três anos. Ainda, 60% das empresas indicaram que as diretrizes de seus setores fiscais estão orientadas para investimentos em inteligência de dados.

 Segundo Mônica Cerqueira, CEO da Make the Way, empresa de tecnologia que utiliza Inteligência Artificial (IA) na otimização fiscal, ao incorporar soluções tecnológicas, as empresas podem automatizar tarefas rotineiras: "Cálculos de impostos, preenchimento de declarações e monitoramento de mudanças na legislação se tornam tarefas mais fáceis", diz.

Além disso, ela afirma que soluções de IA são escaláveis e podem gerir grandes volumes de dados, tornando-as adequadas para empresas de todos os portes, desde Pequenas e Médias (PMEs), até grandes corporações. A IA pode ajudar na identificação de oportunidades de otimização fiscal, incluindo a gestão eficiente de créditos tributários e benefícios fiscais aos quais a empresa pode ter direito.

Sistemas de IA também possuem aprimoramento da precisão na classificação fiscal, ao analisar detalhes complexos para determinar a classificação adequada de produtos e serviços e minimizar erros associados a interpretações subjetivas e nuances tributárias.

 “Erros na classificação fiscal podem resultar em riscos significativos e penalidades financeiras. Ao minimizá-los, a tecnologia ajuda a reduzir os riscos e garante que as empresas estejam em conformidade com as regulamentações tributárias”, comenta a CEO. “Em um geral, a IA promove uma gestão tributária mais eficiente, precisa e adaptável ao dinâmico cenário fiscal brasileiro”, finaliza Mônica.