・16/07/2024・Texto por Redação Power Supply
O aumento da demanda global por papel e celulose tem aquecido a indústria no Brasil. Prova disso é a força da cadeia de produção de suprimentos do setor no Mato Grosso do Sul. Já ocupando a primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose, o Estado – que atualmente responde por 24% da produção brasileira da commodity – pode se isolar ainda mais e consolidar sua referência no setor, com as perspectivas apresentadas recentemente ao governador Eduardo Riedel por representantes de empresas de alcance mundial e pela direção da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais.
Segundo informações da Agência de Notícias do Governo do Mato Grosso do Sul, dados apresentados pelo setor mostram que o Estado pode ser o destino de ao menos quatro novos empreendimentos do setor de celulose até o ano de 2032, expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos no setor, sendo aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos. O volume de vagas prevista leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas.
Além dos pedidos relacionados à qualificação de mão de obra, representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado, também apresentaram ao governador e aos secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento) e Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.
“O Mato Grosso do Sul batalhou muito para alcançar esse patamar de competividade e esse ambiente extremamente favorável de negócios e crescimento econômico”, afirmou o governador Eduardo Riedel, destacando que graças a uma gestão fiscal austera e equilibrada, o Estado é hoje destaque nacional e está no topo do ranking de competividade, investindo mais de 18% de sua receita corrente líquida, indicador de investimento público ligado à solidez fiscal.
O presidente da Ibá, Paulo Hartung, foi quem apresentou o estudo ao governador e sua equipe, destacando a importância de estabelecer uma agenda de trabalho, haja vista os planos de expansão da celulose no Estado.
“O setor é forte no Brasil, mas olhar para a expansão do setor é olhar para o Mato Grosso do Sul. Há desafios e um dos maiores reside na necessidade de criar capacidade para dar conta da crescente demanda por mão de obra e infraestrutura social e econômica. Mas temos em mãos uma enorme oportunidade e esse polo pode virar uma referência no mundo”, afirmou.
Verruck pontuou que durante o encontro o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou uma série de ações já implementadas, como o Voucher Transportador e a abertura de vagas de educação infantil, além de anunciar que a expansão do setor permite a geração de novas e melhores oportunidades de emprego aos sul-mato-grossenses.
"Já estamos na fase final da nova indústria da Suzano em Ribas de Rio Pardo, e a Arauco já iniciou a terraplanagem [da nova fábrica] em Inocência. Com isso, o Mato Grosso do Sul vai liderar a exportação e a produção de celulose no país. Hoje já temos 1,4 milhão de hectares plantados e devemos chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos, beneficiando todos os municípios da Costa Leste", destacou Verruck.