Por trás das metas climáticas globais, existe um componente muitas vezes negligenciado, mas essencial: a educação. Na corrida pela transição energética justa — aquela que substitui os combustíveis fósseis por fontes renováveis sem deixar ninguém para trás —, a Be8, empresa líder na produção de biocombustíveis no Brasil, decidiu mirar além da tecnologia e da indústria. Seu foco está nas pessoas. Ou melhor, nas futuras gerações.

Em 2024, a companhia destinou R$ 2,5 milhões a iniciativas de investimento social privado, patrocínios e projetos incentivados com um objetivo claro: promover educação ambiental e inspirar jovens a se tornarem protagonistas da transformação sustentável. “A maior arma para mudar o mundo é a educação”, resume Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. “Não adianta definir leis se não houver formação. Precisamos criar o consumo consciente e só conquistaremos isso levando informação para as gerações futuras.”

Entre os programas encabeçados pela Be8, dois ganham destaque: Sementinhas do Futuro e Projeto Semear. Ambos foram desenhados para conectar crianças e adolescentes ao universo da sustentabilidade, das energias renováveis e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Realizado desde 2015, o Sementinhas do Futuro chegou à 16ª edição com números expressivos: mais de 1,4 mil participantes em 2024, incluindo 934 alunos de 22 escolas públicas e privadas de Passo Fundo (RS). Voltado a estudantes do quarto ano do ensino fundamental e da APAE, o programa oferece experiências imersivas na unidade industrial da Be8, com visitas guiadas, oficinas interativas, atividades lúdicas e até peça teatral.

Em maio, os alunos embarcaram em um ônibus especial para conhecer o processo de produção de biodiesel por dentro. Durante a visita, participaram de uma palestra sobre energias renováveis e assistiram à peça O Sumiço da Consciência, do grupo Ritornelo, que mistura teatro e educação ambiental em uma linguagem divertida e acessível. “Eles fazem perguntas o tempo todo, mostram curiosidade genuína”, relata Letícia Wendling, gerente de Comunicação da Be8 e responsável pelos projetos educacionais da empresa. “É nítido o quanto estão engajados.”

Se o Sementinhas foca nos pequenos, o Projeto Semear amplia a proposta para alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio. A parceria com o Instituto Educacional de Passo Fundo leva oficinas práticas para dentro das escolas, com temas como produção de biocombustíveis, descarte correto de óleo de cozinha e a importância do agronegócio sustentável. Em 2024, cerca de 500 estudantes participaram da iniciativa.

Além do conteúdo técnico, o projeto estimula o pensamento crítico e o protagonismo juvenil. “Falamos sobre os ODS da ONU, o cuidado com o planeta, energias limpas. Acreditamos que o futuro se constrói com conhecimento, consciência e ação”, reforça Letícia.

Educação como estratégia ESG

Para a Be8, os projetos educacionais não são apenas ações pontuais ou de marketing social. Eles estão integrados à estratégia ESG da empresa e alinhados a ODS prioritários, como educação de qualidade (ODS 4), igualdade de gênero (ODS 5) e trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8).

“Contribuir para o desenvolvimento da comunidade é parte essencial da nossa agenda estratégica”, afirma Battistella. “Queremos ser mais do que uma empresa que produz biocombustíveis — queremos ser uma força ativa na formação de cidadãos conscientes e preparados para liderar a transição que o planeta precisa.”

Ao semear educação ambiental desde a infância, a Be8 planta um futuro mais sustentável — e colhe desde já o entusiasmo de crianças que, mais do que visitantes, tornam-se agentes da mudança.