Nearshoring: cinco motivos para adotar essa nova estratégia para impulsionar os negócios

Hugo Cilo, da Redação Power Supply

Em 2023, o nearshoring emergiu como uma tendência em resposta às pressões nas cadeias de abastecimento devido à pandemia de Covid-19 e ao movimento de desglobalização, no qual empresas dos EUA transferiram investimentos de locais distantes para mais próximos de casa. Com as tensões geopolíticas levando os países a preferirem cooperação regional, a tendência para o nearshoring é projetada para crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 10,3% nos próximos três anos, de acordo com a Deloitte.

Aqui estão cinco motivos para você adotar essa nova estratégia para impulsionar seu negócio e ganhar mais. As dicas são do Mauve Group, que em 2024, está ampliando sua equipe para atender à crescente demanda por talentos em setores-chave, como tecnologia e fintechs, além de relançar serviços focados em ajudar as empresas na contratação de profissionais dessas áreas, apoiando iniciativas de expansão global na América Latina.

1.     Proximidade com os mercados

Seja o México compartilhando uma fronteira com os Estados Unidos ou a Polônia e a República Tcheca fornecendo habilidades e serviços para Alemanha e França, um dos principais benefícios do nearshoring está no "perto". Suas novas localizações de nearshoring estão muito mais próximas dos principais mercados com os quais você estará negociando mais. Isso leva a tempos de entrega mais rápidos, uma cadeia de abastecimento mais sustentável e maior satisfação do cliente.

2.     Economia de custos

O nearshoring pode ajudar a reduzir os custos trabalhistas, despesas com transporte e despesas gerais associadas à gestão de operações remotas. Um fabricante dos EUA, por exemplo, pode economizar até 50% apenas em custos trabalhistas ao transferir a produção para o México. O aumento do investimento em infraestrutura, como o porto de Chancay no Peru, bem como em logística em toda a América Latina, significa que economias de custos de longo prazo com base em Supply Chain estáveis também agregarão valor.

3.     Acesso a talentos altamente qualificados

De acordo com o Índice de Força de Trabalho Total do Manpowergroup em 2023, o México possui a nona melhor força de trabalho do mundo, subindo 44 posições desde o 53º lugar em 2021. A incrível ascensão do país nos quatro critérios do Manpowergroup de eficiência de custos, regulamentação, produtividade e disponibilidade de mão de obra levou um porta-voz a comentar sobre o México que "qualquer empresa que procure uma grande força de trabalho jovem e qualificada pode encontrar uma força de trabalho permanente abundante a um custo menor do que muitos outros mercados podem oferecer."

Não é apenas no talento industrial que os países com nearshoring estão se destacando. De acordo com o HackerRank, a Polônia ocupa o terceiro lugar entre os melhores programadores do mundo, a República Tcheca possui os nonos melhores, enquanto países da América Latina como Chile, México, Brasil, Argentina e Colômbia todos ficaram entre os cinquenta melhores.

4.     Conformidade regulamentar e mitigação de riscos

Comparar a guerra comercial contínua dos Estados Unidos com a China com o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) deve demonstrar por que a conformidade regulamentar e a mitigação de riscos são impulsionadas pelo nearshoring. Acordos comerciais existentes entre países populares de nearshoring e seus vizinhos significam que as regulamentações e leis trabalhistas estão mais alinhadas, o que, por sua vez, permite uma melhor supervisão ao longo da cadeia de abastecimento.

Apesar dos contínuos problemas de segurança local, a América Latina está atualmente passando por uma ligeira pausa geopolítica em comparação com o Oriente Médio e a Europa. Ao somar a isso governos relativamente favoráveis aos negócios no México, Brasil e agora Argentina, fica claro que a diversificação das operações para regiões menos geograficamente controversas também ajuda a mitigar o risco.

5.     Vantagem competitiva e inovação

O nearshoring significa uma colaboração mais próxima tanto em termos de diferenças de fuso horário quanto de proximidade cultural. As equipes podem compartilhar ideias e colaborar em tempo real, sem afetar adversamente o dia de trabalho, o que pode levar a um aumento da produtividade e inovação.

Países da América Latina, por exemplo, oferecem talentos de tecnologia de ponta que não apenas estão sintonizados culturalmente com os Estados Unidos e a Europa, mas também possuem leis de propriedade intelectual semelhantes, o que significa que é mais provável que estejam alinhados em termos de proteção de dados e direitos autorais também.