Panvel acelera expansão em São Paulo e reforça a cadeia de fornecedores do varejo farmacêutico 

A gaúcha Panvel entrou em uma nova fase de crescimento no Sudeste – com foco em São Paulo, maior mercado consumidor do País – e mira ampliar presença em corredores de alto fluxo e renda. Em abril, a rede inaugurou uma loja no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, após um investimento de R$ 2 milhões. O plano da companhia para 2025 em São Paulo prevê abrir mais três unidades na capital, chegando a 16 lojas e mantendo a estratégia de vitrines para marcas próprias e serviços de saúde.  

“Com a Panvel Paulista, estamos reforçando nosso compromisso de oferecer aos paulistanos uma experiência omnicanal com conveniência e portfólio completo”, afirmou o CEO Julio Mottin, presidente do Conselho, ao comentar com a imprensa a expansão na capital. 

Ao fortalecer sua operação em São Paulo, a Panvel se aproxima de fabricantes, distribuidores e hubs logísticos que abastecem o maior polo de consumo do Brasil, um Estado que responde por cerca de 31% do PIB nacional e concentra o 4º maior mercado consumidor da América Latina (atrás apenas de Brasil como um todo, México e Colômbia).  
 
Na prática, essa presença encurta prazos de reposição, aumenta giro de estoques e melhora a previsibilidade de demanda para a indústria farmacêutica, de HPC (higiene, perfumaria e cosméticos) e de serviços.  
O movimento também conversa com a estrutura integrada do grupo (varejo Panvel, a distribuidora Dimed e o laboratório Lifar), que dá escala e poder de negociação em lançamentos e campanhas com fornecedores, um desenho que tende a ganhar eficiência com a massa crítica de SP.  

O grande varejo farmacêutico brasileiro (redes da Abrafarma) faturou R$ 103,14 bilhões em 2024, alta de 14,2% sobre 2023. No ranking por faturamento, a RD Saúde (Raia Drogasil) liderou pelo 14º ano seguido, seguida por Grupo DPSP (Drogaria São Paulo/Drogarias Pacheco) e Pague Menos; as gaúchas São João e Panvel completam o top 5. As redes associadas encerraram 2024 com 11.244 lojas – a RD com aproximadamente 3 mil, Pague Menos com 1.649 e o DPSP com cerca de 1,3 mil unidades.  

As maiores redes em 2024: 

RD Saúde (Raia Drogasil) — Receita líquida de R$ 38,9 bi e lucro líquido ajustado de R$ 1,288 bi; receita bruta somou R$ 41,8 bi, com crescimento anual de 15,1%.  
Grupo DPSP (Drogaria São Paulo/Drogarias Pacheco) — R$ 14 bi em faturamento (empresa de capital fechado; dado divulgado pela imprensa). 
Pague Menos (inclui Extrafarma) — R$ 152 mi de lucro líquido no ano; no 4T24, lucro de R$ 77,1 mi com vendas de R$ 3,6 bi. Em 2T25, a receita bruta ficou próxima de R$ 4 bi.  
Panvel — Receita de R$ 5,3 bi e lucro líquido ajustado de R$ 117,4 mi em 2024; canais digitais responderam por cerca de R$ 1 bi (20,5% do faturamento) no ano, dando tração à estratégia omnicanal.  
Para laboratórios e empresas de HPC, a maior densidade de lojas da Panvel em São Paulo vai facilitar os lançamentos com escala (mais PDVs premium para dermocosméticos e OTC de maior valor agregado); a execução promocional e logística (reposição mais rápida em clusters de alto fluxo); e dados de sell-out nacionais integrados (melhor planejamento de produção e compras), num estado que concentra a maior fatia do poder de consumo brasileiro.  
 
Com a vitrine da Paulista e a expansão seletiva em bairros de alta renda, a Panvel busca capturar tíquete médio superior, elevar a rotação de marcas próprias e consolidar uma plataforma omnicanal mais rentável no Sudeste, enquanto o setor inteiro segue em crescimento robusto e consolidado. “A meta é crescer de forma sustentável em São Paulo, sem comprometer a performance do Sul”, acrescentou a Panvel, ao anunciar a estratégia para 2025.