Stellantis bate recorde e planeja dobrar cadeia de fornecedores no Brasil

Hugo Cilo, da Redação Power Supply

Um dos maiores grupos automobilísticos do mundo, a Stellantis anunciou na quinta-feira (15) que 2023 foi o melhor ano da história da companhia. Em comparação com o ano anterior, a receita líquida cresceu 6% (para 189,5 bilhões de euros), o lucro líquido cresceu 11% (para 18,6 bilhões de euros), e o fluxo de caixa industrial livre aumentou 19% (para 12,9 bilhões de euros). Dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, a companhia informou que as vendas de veículos de baixa emissão de carbono aumentaram 27% em 2023. A empresa se tornou a maior vendedora de veículos híbridos plugáveis no mercado americano e também registrou um aumento de 21% na venda de carros elétricos a bateria. 
 
Sob comando do executivo português Carlos Tavares, a empresa tem renovado seus recordes de produção, vendas e rentabilidade. Logo depois da divulgação do balanço, as ações da Stellantis subiram na Bolsa de Valores de Milão. No meio da tarde da quinta-feira, os papéis da montadora eram negociados à 23,81 euros, alta de 5,45%. A companhia também informou que os bons resultados no ano passado motivaram a empresa a lançar um programa de recompra de ações de 3 bilhões de euros.  
 
“A oportunidade de iniciar o programa de recompra decorre da geração significativa de fluxo de caixa da empresa e forte balanço patrimonial. Esses fatores permitem que a companhia garanta liquidez adequada para gerenciar uma ampla variedade de cenários econômicos e de mercado, enquanto facilitando simultaneamente retornos de capital atraentes para os acionistas, e apoiar a extensão do plano de compra de ações pelos empregados a vários países”, informou a companhia. 
 
Em 2023, a empresa distribuiu 6,6 bilhões de euros (R$ 35,3 bilhões) aos acionistas em dividendos e recompra de ações, aumento de 53% sobre 2022. “Os resultados recordes anunciados hoje são a prova de que nos tornamos um novo líder global no setor e continuaremos sendo sólidos, mesmo diante da previsão de um 2024 turbulento”, disse Tavares. 
 
Os recordes da Stellantis também animam os fornecedores. No Brasil, a companhia pretende dobrar a cadeia de suprimentos até 2030, chegando a 100 empresas parceiras em diversos Estados do Nordeste até 2030. Um crescimento que representa mais empregabilidade e mais mão de obra qualificada, segundo a empresa. O complexo industrial de Goiana, em Pernambuco, recebeu R$ 11 bilhões de investimento para sua implementação. Em oito anos de operação, foram fabricados 1,5 milhão de carros. Atualmente, o espaço reúne uma fábrica de veículos e um parque de fornecedores. São 14,7 mil empregos diretos no local. Se considerar também os indiretos na cadeia de produção, esse número chega a 60 mil. 

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